
Os teus olhos são frios como espadas
E claros como os trágicos punhais
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais
Fantásticos desejos irreais
E todo o oiro e o sol das madrugadas
Mas não te invejo, amor, essa indiferença
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença
Tu invejas a dor que vive em mim
E quanta vezes dirás a soluçar:
"Ah! Quem me dera, irmã, amar assim!"
Frieza - de Florbela Espanca,
(que conheci graças a um lindo elogio de meu bom amigo Stanis. Obrigada.)
Florbela é tudo de bom!
ResponderExcluirSão os versos mais tristes e mais belos que já encontrei.
bj minhna Bárbula