sábado, 25 de janeiro de 2014

Ao amor que foi e voltou. E foi.

Enquanto escrevo, o céu assim escuro
Eu sorvo uma vida esverdeada
E cato o tempo assim, mudo
Que me despiu essa madrugada

Saudade faz tão bem quanto o murro
Que a vida dá numa cotovelada
Desfaço a noite num sorriso puro
Que a muito tempo não encontrava

E teu olhar tão triste e baixo
Fala de um tempo antes de nós
Teu poema todo em que me encaixo
Faz de nós uma paixão atroz

E finjo que não sei
O que isso quer dizer
Eu e você sem lei
Num mundo ainda a se conceber.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

- Eu só quero, do fundo do coração, que você morra.

- Tá bom, tá bom. Combinado. Mas antes vem aproveitar um pouco de vida comigo? - 
Ela diz, piscando e dando aquele sorriso torto que ele ama. Ela sabe que ele sempre se entrega depois de um sorriso torto e um ombro desnudado.

- Droga.
Faz quase um ano.
Estes dias te vi, magro de sorrisos e gordo de amor.
Sorri.
É engraçado como as coisas aconteceram e foram acontecendo, e as decisões que eu tomei.
O mais engraçado é o quanto eu sinto a tua falta. Me falta como aquele dia que faltou cerveja e atravessamos a cidade pra buscar. É aquela necessidade urgente que a gente sentiu que eu sinto hoje por ti.
Me falta o olhar doce e o abraço apertado e aquele jeitinho de ir chegando e tomando conta do que era o meu pequeno pedaço de apartamento.
Me faltam os S's, os dós e os nós que nós mesmos fazíamos.

Outro dia te vi, e fumei mais um cigarro atravessado, ciente de que ele me traria de volta a realidade e de que eu estive sempre certa...

Não trouxe e eu não estava.

Tem alguma coisa em mim que foge do 'viveram felizes pra sempre'. E sempre fugiu.
Eu já tive coragem pra ir e vir, ser e não ser, estar sem você e viver com você. Hoje eu não sei bem se eu tenho qualquer coisa.
Eu só quero te ver feliz.


Que da minha sanidade cuido eu.