Um brilho amistoso que convida a se banhar naquelas águas calmas de intolerância.
Olhos pretos que clarificam sua alma de artista.
No timbre, temperança, contentamento, exuberância.
Como um pavão que ao desfilar pelas alamedas enfeitiça os caminhantes de tal jeito que não conseguiam parar de o olhar.
Esguio, numa pintura plena de poderes brancos e mágicos gestos, que fazem os nós desatar.
Um alforriado, dourado, atento aos que nada têm, teme pelos que avarentam o que ele retém.
Virtuoso, vicioso, vicariante, vicinal ao majestoso.
Lânguida face concomitante à sua bravura dura como diamante.
Externa o que lhe convém, grita com o que não lhe cai bem. Ama e aquece aquele que lhe alumia.
Esfria o fogo e o brilho de quem no breu vive cada dia.
Às vezes maré cheia, às vezes esvazia.
Corre pelas ruas a cantar com os bispos, mendigos e prostitutas.
Corre pelo mar a nadar nu gritando pela liberdade da poesia.
Revoluciona as mentes com a maturidade da sua filosofia.
É belo e technicolor.
É poesia transbordante;
Meu sol, meu astro flamejante.
Tanta vida ele cria e mantém.
Luminoso na fronte azul do crepúsculo.
E quando me perguntam: É teu irmão?
Dou um sorriso orgulhoso e digo:
Sim,
de alma,
de coração.
Uma pequena homenagem ao meu querido, Matheus Ocon.