segunda-feira, 26 de abril de 2010

Último.

Desisti do blog,
só vim dar uma meia-explicação,
pois não haverão mais postagens por aqui.
Não vou excluí-lo porque gosto de visitar o "painel" e ver as postagens incríveis dos amigos.
Obrigada pelos comentários sempre estimulantes, pelas visitações, e pelo simples marcador "lindo", que em um clique tanto me fez sorrir.

Beijos a todos.

Eu tenho vergonha pelas pessoas...



Eu tenho medo de gente "pseudo".

Pseudo-apaixonada;
Pseudo-amante;
Pseudo-mulher;
Pseudo-bruxa.

Medo sim.
Porque essas pessoas não sabem que fungos e monstros habitam dentro de suas mentes insanas.
Um belo dia elas olham para alguém e resolvem que ali está a solução de todos os problemas. 
Então sugam toda a energia e a alegria desta pessoa, como uma sanguessuga que só descrava os dentes da sua perna se você a queimar com um fósforo.
A pessoa se esvai do melhor jeito que a sanguessuga puder fazer:

Se você é sentimental, será uma escrava sentimental.
Se é alcoólico, será alcoolátra.
Se é pobre, ganhará tudo que puder te dar avareza.

Tudo isso para que você dependa da sua sanguessuga.
E você será submisso a ela.

Até que num outro belo dia você olha a sua volta e não vê mais ninguém.
Seus amores e amigos já foram embora, e sua sanguessuga já cansou de brincar de ioiô com seu corpo e com sua alma, e vai atrás da próxima paixonite-vítima que terá energias suficientes para seu vampirismo.

E você?


Será um eterno arrependido.

sábado, 24 de abril de 2010

Carta para meu irmão.

Mano,

É tanta saudade desse sorriso lindo e dessa doçura no olhar.


Tua presença grita na tua ausência!

Cada gosto, cheiro ou coisa que eu vejo e me lembre de ti, me faz pensar em como sou abençoada por Deus em ter um serzinho tão especial na minha vida.

Ontem mesmo me lembrei das tantas vezes que tu me fez travessuras, e em tantas outras que me fez mergulhar na doçura de uma infância querida bem tratada e cuidada pelos teus abraços e sorrisos, mano querido que me ensinou a arte da alegria e da estrepolia...

Um anjinho endiabrado, que muito levado, me fez hoje lembrar... Das muitas vezes que a culpa era minha e ele sorria ao ser castigado e das outras vezes que o teu sorvete era mais gelado e assim sendo me doava de bom grado.

Das vezes que eu merecia, e nem por isso teu rosto de raiva se enchia, de como aprendi contigo maninho querido, a viver a vida de um jeitinho mais levinho, bonitinho e sempre com um sorrisinho que é pra tristeza e a cara feia do pobre de espírito afugentar.

TE AMO.
 
 
 
(Antigo)
 
 
 

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Contos de Rei Arthur.

Um dia, o jovem rei Arthur foi surpreendido pelo monarca do reino vizinho enquanto caçava em um bosque de sua propriedade. O Rei vizinho poderia tê-lo matado no ato, pois tal era o castigo para quem violasse as leis da propriedade, contudo se comoveu ante a juventude e a simpatia de Arthur e lhe ofereceu a liberdade, desde que no prazo de um ano trouxesse a resposta a uma pergunta difícil.
A pergunta era: O que realmente as mulheres querem? Semelhante pergunta deixaria perplexo até o homem mais sábio. Ao jovem Arthur pareceu impossível respondê-la. Todavia, aquilo era melhor do que a morte, de modo que regressou a seu reino e começou interrogar as pessoas. A princesa, a rainha, as prostitutas, os monges, os sábios, o palhaço da côrte, em suma, todos, e ninguém soube dar uma resposta convincente. Porém, todos o aconselharam a consultar a velha bruxa, porque somente ela saberia a resposta. O preço seria alto, já que a velha bruxa era famosa em todo o reino pelo exorbitante preço cobrado pelos seus serviços. Chegou o último dia do ano e Arthur não teve mais remédio, a não ser recorrer à feiticeira. Ela aceitou dar-lhe uma resposta satisfatória, com uma condição: ela queria casar-se com Gawain, o cavaleiro mais nobre da Mesa Redonda e o amigo mais íntimo do Rei Arthur! O jovem Arthur a olhou horrorizado: era feíssima, tinha um só dente, desprendia um fedor que causava náuseas até a um cachorro, fazia ruídos obscenos, nunca havia conhecido uma criatura tão repugnante! Se acovardou diante daperspectiva de pedir ao seu melhor amigo para assumir essa carga terrível. Não obstante, ao inteirar-se do pacto proposto, Gawain afirmou que não era um sacrifício excessivo em troca da vida de seu melhor amigo e a preservação da Mesa Redonda. Anunciadas as bodas, a velha bruxa, com sua sabedoria infernal, disse: "O que realmente as mulheres querem é serem soberanas de suas próprias vidas"! Todos souberam no mesmo instante que a feiticeira havia dito uma grande verdade e que o jovem Rei Arthur estaria salvo. Assim foi: ao ouvir a resposta, o monarca vizinho devolveu-lhe a liberdade. Porém, que bodas tristes foram aquelas! Toda a côrte assistiu e ninguém se sentiu mais desgarrado, entre o alivio e a angústia, que o próprio Arthur. Gawain se mostrou cortês, gentil e respeitoso. A velha bruxa usou de seus piores hábitos, comeu sem usar talheres, emitiu ruídos e um mau cheiro espantoso. Chegou a noite de núpcias, quando Gawain, já preparado para ir para a cama, aguardava sua esposa. Mas ela apareceu como a mais linda e charmosa mulher que um homem poderia imaginar! Gawain ficou estupefato e lhe perguntou o que havia acontecido. A jovem lhe respondeu com um sorriso doce: como havia sido cortês, com a metade do tempo ela se apresentaria com aspecto horrível e a outra metade com aspecto de uma linda donzela. Então ela lhe perguntou: Qual ele preferiria para o dia e qual para a noite? Que pergunta cruel! Gawain se apressou em fazer cálculos: poderia ter uma jovem adorável durante o dia para exibir a seus amigos e à noite na privacidade de seu quarto uma bruxa espantosa, ou quem sabe ter de dia uma bruxa e uma jovem linda nos momentos íntimos de sua vida conjugal. Vocês, o que teriam preferido? O que teriam escolhido? 


 
O nobre Gawain respondeu que a deixaria escolher por si mesma. Ao ouvir a resposta de Gawain, ela anunciou que seria uma linda jovem de dia e de noite, porque ele a havia respeitado e permitido ser dona de sua vida.
 

Moral da história: Não importa se a sua mulher é bonita ou feia, chata ou compreensiva.
No fundo, sempre é uma bruxa.


Ela se transformará de acordo com a forma que você a tratar.





(Desconheço o autor)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Enquanto é escuro lá fora e a chuva derruba o lar e a vida de alguém, você pode parar e olhar para o seu lado? Você pode dar a mão ou a passagem para alguém pulando uma poça? Você pode deixar para olhar seu umbigo depois que você chegar na sua casa quente, tomar o seu banho quente, tomar o seu café quente, enquanto as pessoas aqui fora não tem mais uma casa, estão à deriva num rio que deveria ser uma estrada...e já não sabem definir a palavra "quente". Quem é você, senão mais um suscetível a ser o próximo a pedir ajuda?



Eu fico apavorada, quando num momento em que todo mundo precisa de ajuda, as pessoas só pensam nelas mesmas.

Terrível!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

És tu, ó impiedoso vilão, o algoz que agora me fere os olhos tal qual punhal!
És tu, minha mente nublada de raiva e rancor.
És tu o amargo deste licor venenoso que me tira a vida.
Caio na noite cálida, com faces da cor da lua,
obra do veneno que sorvi com o gosto amargo da tua traição.
Me despeço da vida agora, como quem se despede de seu carrasco,
e faço de ti o único culpado desta juventude interrompida pelo amor
que não me deste e dedicaste a outra senhora.
Quando te vi no alpendre a soprar no pé do ouvido de Aurora tuas juras,
não pude mais continuar a viver.
Para sempre vou te amar,
Joana.


Inácio terminou de ler a carta com as mãos trêmulas e as lágrimas rolando maçãs abaixo.
Lembrou-se das duas noites anteriores, quando Aurora apareceu em sua casa para lhe pedir ajuda, pois estava apaixonada por seu primo, Felício, e não sabia como dizê-lo.
Ele, que conhecia Felício há tantas primaveras sabia que Aurora seria a candidata perfeita, e cochicou em seu ouvido o dia, a hora e o local que ele havia bolado um plano para os dois se encontrarem.
Assim que Aurora saiu Inácio riu sozinho e lembrou-se de sua linda e amada noiva, Joana. Iriam se casar dali a 2 meses, e ele estava muito feliz.
Mas agora, lendo aquela carta e vendo o miúdo, gelado e branco corpo de sua amada ao seus pés, nada mais tinha sentido. A culpa e as dúvidas foram como uma névoa em sua cabeça, deixando-o cada vez mais confuso.
Ele havia dado todas as provas de que a amava! No primeiro instante que a viu ele se apaixonou por ela, e ela sabia disso. Deu presentes, cartas, juras e a pediu em casamento uma semana depois de conhecê-la.
Como esta tenra criatura poderia ter cometido tal desatino apenas por ter visto uma cena comprometedora?
Oh, Deus, porque ela não havia falado com ele, batido nele, gritado, terminado o compromisso?
Tudo menos isso....
Pegou nas mãos de Joana com carinho, fechou seus olhos vagarosamente, disse um "eu te amo" pela última vez com o pesar que agora trazia em seu coração, e olhou para o céu, fazendo uma sentida interrogação que assolaria sua mente pelo resto de sua vida:
"- Oh, Deus! Será que algum dia um homem conseguirá provar a uma mulher que a ama?"

domingo, 4 de abril de 2010

"E quero que todos saibam que o meu verdadeiro código,
é o amor."



Francisco CÂNDIDO Xavier