quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dedo na boca.

Éramos três
Eu, você e o segredo
E sorrindo malicioso
Você acariciava meu cabelo

Altivo, bonito e fumando alecrim
Dançava Elvis e sorria
Eu era rua baldia
Mas teus lábios passaram por mim

E rindo de quem nos provém
Fez-se o suspiro quase mudo.
Desfez a noite, o teu brinquedo,
Que iluminava tudo.

Menos o nosso segredo
Que hoje guardo com teu cheiro
No bolso gasto de pano
Da minha velha calça jeans.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Porque quis.

Nômade eu sou, 
Daqui pra lá, em um segundo eu vou.
O conforto que para muitos é tão essencial,
Até mim traz grades de metal.

Vejo a luz do sol,
o brilho da estrela
E da luz sigo o rastro,
Insisto em outro planeta

Seja feita a minha vontade
Sou deusa de mim mesma
E só a mim peço ajuda,
apenas eu posso fazer os milagres.

TE(a)MO,
ó minha eterna condição de aprendiz.
Se um dia fui triste,
foi justamente porque quis.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Tinha o olhar atento,
no intento.
Contemplava a boca,
de longe
Que ela já sabia,
era macia.
Desviou os olhos,
a tempo
Sabendo,
amor impossível:
Era a saudade,
a felicidade
e a vontade
todos os dias.