segunda-feira, 5 de julho de 2010

Pretos olhos negros.

A quietude das minhas asas,
Meus sentimentos em rebeldia.

Sou agora a (cru)eldade devolvida;
Sou agora negação.

Não, não se mata um coração assim.
Você o deixou para sempre naquela rua baldia.

Não, que ninguém venha até mim.
Sou o algoz do jocoso sem saída.

Nos teus tenros olhos pretos o escuro.
Um negro fiel à tua melancolia.

E que não haja em mim mais agrura.
Minha mente cosmopolita, tenra ilusão.

Viver sem nascer, morrer por axiologia.
Engodo puro.



Um comentário:

  1. Deaculpa ter dado mais relevancia à um detalhe do que à temática do post inteiro. Mas enfim, o primeiro verso me fez pensar um bocado de coisas sobre planos e objetivos.
    ''A acomodação de meus planos''. De certo modo, a natureza de um plano já é acomodada, pois o objetivo em si(que acredito, pode ser tomado como a natureza) é estatica. Tu vai lá e da um duro danado pra um dia chegar em lugar onde se possa dizer: ''Pronto consegui''. E daí? Tudo termina ai então?
    A não ser é claro que o objetivo do plano (ou a natureza) se encontre na propria luta de se chegar em algum lugar. Não sei, talvez essa segunda definição tenha consequencias graves.

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