quarta-feira, 21 de julho de 2010

Palhaça da vez.









Em toda canção, o palhaço é um charlatão
Nessa, eu sou a atração
Eu sou no vício, a delícia de se saber
Eu sou a boneca que se pode matar sem sofrer.


- Veja o que me cantam sem saber, sem me ver:


Mas ela é tão dada, tão amada, tão feliz!
Esparrama tanta gargalhada da boca pra fora
Faz do grito um aprendiz
Porque não usá-la, não fazer dela um ouvidor?

Porque não matá-la, não usá-lá com sua dor?
Já que seu coração pintado toda tarde de domingo chora;
Já que a palhaça, nossa graça, tem a caixa de pandora.
Já que pinta o nariz, e ainda assim tem o meu amor;

Já que não sente, nem ressente muito a nós.
Não nos dá bola, nem sua corda se da nó
Dentro do seu coração de pano, um pano que nos rende;
Um pano que nos fantasia, um pano que nos prende;
Ah, há um plano que nos anuncia!

Ah, a palhaça se partiu. E partiu.
Partiu-se em dois, sumiu, e ainda assim seguiu.
Seguiu sua estrada e nem sequer nos viu.
A palhaça era a nossa, a nossa vida!

A nossa grande estrela. A nossa ida.
O nosso falatório agora é uma falsa língua.
Aonde vamos sem a palhaça que nos redigia?
Sem saber, sem querer nos guiava e a gente falava.

Dentro dela sai mais uma canção, agora sem agonia.
E um coração folgado, diferente da nossa rua baldia.
Ah, que inveja da palhaça que eu tanta invejava!
Ah, vamos falar da vida daquela palhaça vadia?


Ahhhh...

Vamos!

Já que a vida é uma monotonia.

2 comentários:

  1. Eu que ando falando demais por aqui vou tentar definir o tema desse poema em uma só palavra: ''fofoca''.
    Olha, se não for isso, pra mim continua sendo um enigma, li e reli várias vezes.
    Caso o tema não seja esse, vou ter que me contentar em admirar a beleza estetica desses versos sem ter entendido seu conteudo.

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  2. hahaha...
    e-xa-to!

    FOFOCA.

    hehehe

    beijocas!
    ;)

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