quarta-feira, 17 de março de 2010

Era um apartamentico.
Desses bem pequenos e sem janelas.
Não cabiam as roupas no guarda-roupas e mal os dois podiam ficar de pé ao mesmo tempo no mesmo cômodo.
O que era engraçado era como um cubículo feito uma caixinha de fósforos podia dar tanta felicidade praqueles dois. Se viravam ali como se fosse um mundo colorido feito pra eles, e só pra eles.
Era como se aquela coisinha minúscula fosse um palco, um salão de danças, um atelier, um circo e algumas vezes até um ringue...
Era bagunçado,  às vezes tinha louça na pia e toalha em cima da cama.
Mas foi ali que eles tiveram os melhores momentos entre os dois.
Foi ali que eles se conheceram a fundo, foi ali que tiveram a primeira briga feia, foi ali que choraram e riram, foi ali que se abraçaram, foi ali que falaram "eu te amo" com sinceridade absurda, foi ali que descobriram os defeitos mais secretos um do outro, e contaram segredos...
Há uns dias atrás os dois se entenderam de um jeito fascinante, como se um tivesse entrado dentro da alma do outro e entendido tudo.
Se olharam por um bom tempo e aceitaram juntos que agora ia ser amor pra valer, sem meias verdades e medidas desmedidas.
Era amor medidinho, pra não ter erro de transbordar ou faltar.
E desde então eles correm sérios riscos de não se largarem nunca mais...

4 comentários:

  1. óóóóóó... que coisa mais fofacutecutemaisamor! que alegria me deu de ler esse teu texto. (suspiro) ;D ... quero notícias!

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  2. Amei!
    Mas amor que transborda tb é bom...assim sobra um pouquinho praquelas pessoas amargas que sempre andam na volta dos apaixonados!!!
    Bjooo

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  3. essa foi a melhor... amei teu texto!

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  4. cadê tuuuuu? ta vivendo só de amor agora é?

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