terça-feira, 31 de agosto de 2010

Manjericão

Não me aprisione
Não tente me fazer ficar.
Não me queira,
Não me questione,
Nem tente por mim se apaixonar.
Eu vou te fazer chorar.

Eu sou assim, ardida
Cruel e sem coração
Sou intensa partida
Sou só manjericão
Numa vida bandida
E magôo sem notar.

Eu não choro, não sinto
Não vejo flores no jardim
Não falo de amor
E não vejo motivos
De você falar por mim.

Desapareço sem saudade
Sou vulcão que arde no fim
O divã da insanidade
E no silêncio de uma prece
Sou nuvem que desaparece

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