terça-feira, 29 de julho de 2014

Amolenga

Acordou com os braços dele enroscados, amarrados nela. Suspiros e sorrisos, cócegas e pés gelados.
Abraços com jeito de borboletas no estômago. Beijos com sabor de chocolate em calda quente.O coração entregue, fremente.
Gargalhadas que há tempos não via em si. Sons de um coração saltitante. Cores e luzes brilhantes. Era ela alegria. Era ela maçã verde. Era agora radiante.
E nesse súbito e desencontrado encontro, onde nada mais existia, exceto os pares de retina apaixonados, mais ainda, as bocas que se suplicavam.
Os olhos ficaram para depois. Santos retificados, e o amor que chegou de pronto no tempo das canções.
Beijos com um só riso, ela se aconchegou logo em quase nada - e que era tudo - Fez de um abraço, paraíso.
Ainda que tivesse anos para aproveitar à beira mar, sozinha no aprendizado do seu ser, caminhou na direção dessa descoberta nele, e decifrou aquela beleza quente e morena de ter. De um jeito tão pouco usual, encontrou ele a descobrindo numa esfera real, encontrou açúcar, doçura, carinhos e seda pura.  Olhos fechadinhos e sabor de fruta madura.
Nesse lugar deles a poesia não está nos versos, mas sim em cada gesto e no universo daquele olhar.
Ela veio do ar, ela veio para amar.
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Ele também.

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