Acordei com a cabeça em ordem e os pés ao contrário.
É mais um dia do tem-de-ser sem sequer pensar no e-se-assim-não-for.
Lavei o sono com água fria e um suposto repelente de borbulhas. Suposto.
O café preto de costume, a letargia do amanhecer e o fardo pesado de mais um dia a percorrer. Terá que ser mesmo assim?
Nunca
gostei de verdades absolutas; e mais verdade é que também sempre me
perdi no meio da relatividade, pendente entre os vários lados sem saber
qual deles não tinha nariz de pinóquio. Bailarina no limbo, bem sei.
A
questão é que o tem de ser deixa-me enjoada pois não lhe encontro as
raízes. Não combina com o meu par de meias, nem brincos tampouco. Não se
dá comigo. Não sei.
Cabe-me melhor o eu-assim-quero. Hoje fico por aqui.
Mas
maldita varinha de condão que nos conduz e que pedras nos põe no
caminho, nem tanto para nelas tropeçar, mas para decidir um destino.
Nessa altura espero pelo amanhã, que um sinal nele apareça. Pois decisões nunca foram comigo.
Não as quero nem em fios de promessas enroladas.
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gostei muito da maneira que você escreve...
ResponderExcluireu também tenho um blog de poesias
http://poemaversospoesia.blogspot.com.br/