quarta-feira, 11 de maio de 2011

O sorriso do dálmata.

Pois sim, confesso que mudei.
Os dias passaram, vi a geada pela janela, vi a chuva que corria dos meus olhos, vi os filmes que me desabaram, vi o frio que enfraquecia minha coberta e enfim, me vi levantar da cama.
Vi sim, com muita vergonha, as mentiras que contei, as gafes que cometi, os passos tortos, o copo cheio, os neurônios às traças.
Encontrei a verdade dentro de mim, e acima de tudo, a sinceridade para com os outros. Saí. Fui por aí comemorar o meu encontro com uma melhorada eu. Uma eu mais especial.
No dia que vi o dálmata não fazia idéia de como minha vida ia mudar. Tudo ainda estava meio confuso, meio preto e branco, igualzinho o pêlo do cão.
E mais uma vez eu deixei a correnteza me levar. Só que dessa vez adicionada em mim minhas novas características.
E não é que funcionou?
Desde o dia em que vi o dálmata eu falei a verdade, mesmo aquela que dói, porque faz alguém chorar. E doída ou não, eu falei.
Então eu passei a ser um pouco mais racional em algumas ações.
Claro que minhas asinhas libertárias ainda estão aqui! Porém, a diferença agora é que eu não preciso mais voar para ser livre e nem ir às nuvens harpo-sonoras para ter paz. Hoje em dia, a liberdade e a paz fazem parte de mim, estão em mim como um todo que me completa, aonde quer que eu esteja.
Tanto entendimento e organização em tão pouco tempo para uma cabeça como a minha!
Parece que foi ontem que o, ou melhor, A dálmata se aconchegou em meu colo pela primeira vez. Estávamos na sala, e era a primeira vez que eu a via, eu estava muito nervosa e com muitas dúvidas, então delicadamente ela subiu no sofá e me afagou, colocando a cabeça em meu colo, o que me acalmou profundamente.
Bonito mesmo foi quando ela sorriu pra mim... Simples assim, abriu a boca, mostrou os dentes, balançou o rabo e sorriu. Me fazendo sentir pertencente àquele lugar.
E é de maneira simples que pretendo aprender tanto mais sobre essa
minha passagem terrena.
E há tanto ainda a ser aprendido!
O mundo é um lugar tão bom de morar... existem pessoas tão boas que fazem tanta difereça em nossas vidas. Tantos corpos emanando boas energias, tanta gente dando a mão, se despindo de preconceitos, ajudando quem pode como pode.
Podem me chamar de Pollyana, de hipócrita, de cega, mas eu acho que a verdadeira cegueira está em quem vê só o sensacionalismo Global, a tragédia natural, o terrorismo pessoal.
Há tanto tão mais bonito e colorido pra se enxergar!
Como o simples sorriso de um dálmata, que por pura coincidência, se chama "Hope".

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