domingo, 12 de dezembro de 2010

Rosa dos ventos.

O tempo parou encravado no ponteiro
Num número que não significa nada
Não dá o norte, nem a direção da fada.
Não diz o dia, não diz a hora,
Nem sei se bate o coração
Se o dia nasceu, ou não
Lá fora, continua o turbilhão
Da massa de um mundo incansável
Que pisa tudo, tudo é chão!

A hora, por certo, já passou
O dia nasceu, entardeceu
Tudo é igual, nada mudou.
A escrita continua a percorrer o mesmo caminho
A erguer-me, a empurrar meus passos
Num rumo incerto, talvez sem destino.

Meus pés já denotam o cansaço.
E meu rosto esconde-se
Nas pinturas coloridas, disfarçado de palhaço
Onde todos riem e o resto pouco importa
E a sorte faz o resto
E o futuro fica longe, ou fica perto?
Talvez seja hoje e nem reparei nos ponteiros.
Talvez dê ouvidos ao vento norte.
Talvez volte a rolar, os dados da sorte!

Um comentário:

  1. Que lindo! Lendo o teu blog só faz aumentar a saudade desgraçada que tenho de ti minha Diva das Letras.
    bj

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