quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ex...ato.

Ah,
Quantas lágrimas!
Quantas lágrimas você guardou para o jantar.
Quantas memórias vivas que dizes esquecidas emudeceu teu paladar.
Quantas juras e olhadelas, sonetos e piscadelas me fizeste admirar.
Quantas visitas em teus sonhos ela pôde conquistar.
Quantas vezes na falsidade de frias palavras, a tua voz em falsete a me gaguejar.
Ah, meu amigo.
Quantas foram as tuas menores dividas que conseguiste pagar.
Quantos roubos diurnos e descarados de beijos taciturnos eu vivi a esperar.
Quantos golpes deferidos em desejos oprimidos se põs a me contar.
E a adaga prateada lentamente em meu corpo a matar.
Ah,
Quantas lágrimas,
Quantas lágrimas meu amigo,
Mas que guardaste pro jantar.

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