Num pedaço de pau em cima daquela árvore
Em meio ao barulho quieto do mato
Entre aquelas folhas verdes e molhadas
Do sereno que passou e deixou rastro
Canta um pobre solitário na quietude
Um rouxinol triste fugindo do sol
Nas asas, fogo, e um cordão no pescoço
Seu canto chora por ser só, o rouxinol
E sua voz entorna um pranto
Sua música dança entre as dálias
Entrega melancolia pelo pântano
Contorna o fluxo das águas
Mas o pobre pássaro ainda canta
Num suspiro melodioso, voa com dor
E morre no primeiro acorde, no primeiro pulo
Morre sem saber o que é o amor.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário