Faz tempo que teus olhos tinham luz.
E iluminavam os caminhos alheios, e os anseios.
Faz tempo que limpavam a passarela,
dos caminhantes sem prumo, sem rumo.
Hoje afogam-se em maresia, heresia.
Dos mares do teu corpo em tempestade.
Não demora agora, vai surgir do fogo meu pó
E de novo, ao fogo sucumbir sem gemido.
Faz tempo que meu lápis não tem mais ponta,
E que a verdade deu um nó, na boca.
Faz tempo que meu corpo só sente, pressente.
As dores de um surdo-cego caindo no mar.
Faz tempo que águas calmas me afogam, borbulham.
Dá-me um tempo, lento.
Dá-me um tempo pra morrer sem lamento,
Um tempo pra desforra, alforria.
Dá-me um tempo.
Tempo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Pô Bárbara cada vez melhor!
ResponderExcluirlindo,lindo.
Abraço do teu amigo Stanis "Filho" haha
E do Stanis "Fialho" também!
ResponderExcluirE assino embaixo.
bj